sexta-feira, 29 de março de 2013


A CORAGEM DE ASSUMIR SEUS ATOS

Pedro Lobo de Oliveira em foto de Lucas Lacaz Ruiz

 “Fomos lá e matamos Charles Chandler com vinte tiros. 
Era o justiçamento de um capitão norte-americano que estava no Brasil pra ensinar tortura e havia cometido crimes horríveis no Vietnã. 
Explodimos o Quartel General do Ibirapuera. 
Invadimos o hospital militar do Cambuci. 
Tomamos dinheiro dos bancos, na marra, é claro. 
Pusemos uma bomba no consulado dos Estados Unidos, outra na Sears. 
Era uma forma de propaganda para nossa luta. 
Só na minha casa tinha um estoque de 480 quilos de dinamite.”


     No último dia 19 de março, Pedro Lobo de Oliveira se apresentou à Comissão da Verdade para fazer um relato de sua atuação na luta contra a ditadura implantada no Brasil a ferro e a fogo a partir de 31 de março de 1964. 

   Em seu depoimento, o  ex-sargento — cuja vida está retratada no livro Pedro e os Lobos - Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano — revelou sua militância no Partidão de Luís Carlos Prestes, no Movimento Nacional Revolucionário e na Vanguarda Popular Revolucionária, organização clandestina que abrigou o Capitão Carlos Lamarca.

   Por fim, Pedro contou como foi preso, barbaramente torturado e, depois de cumprir ano e meio de cadeia, banido para a Argélia na troca por um embaixador. (conheça a vida de Pedro em detalhes acessando www.osanosdechumbo.blogspot.com.br).

    “Fiz minha obrigação como brasileiro", diz o ex-guerrilheiro. "Narrei para a Comissão toda a participação que tive na luta contra os militares, porque foram ações em defesa da pátria e eu me orgulho delas". 

    Resta agora saber se os algozes do ex-sargento, e todos aqueles que, a serviço do Estado, prenderam, torturaram, mataram e sumiram com centenas de presos políticos, terão a coragem de fazer o mesmo.

    Só assim, vamos poder virar de vez a página deste que foi um dos períodos mais conturbados de nossa História.

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sábado, 2 de março de 2013


A CULTURA DA PORRADA


Nada mais cruel, medieval e idiota que esse Ultimate Fighting Championship, o tal do UFC.

          Neto violento da luta livre, um espetáculo circense que imperou na TV nos anos sessenta, e filho do Vale Tudo, este “esporte” idiota premia quem consegue destruir seu oponente na porrada.

          Nada mais cruel que ficar no sofá da sala com o resto da família assistindo um camarada apanhar até ficar com o rosto deformado.

          O curioso é que este tipo de selvageria estava adormecido no Brasil, até que a poderosa Rede Globo resolveu ressuscitá-lo em nome do lucro fácil.

           E, de uma hora para a outra, o que se viu foi gente sangrando nas telas no horário nobre. Até o Galvão Bueno passou a narrar os combates e o tal de Anderson Silva virou estrela de comerciais. 

           Nada me tira da cabeça que, assim como o boxe, as lutas do UFC são combinadas. E que a maioria dos “atletas” estão aí para servir de escada a um ou outro lutador já pré-escolhido ao estrelato.

             Mas, o fundamental é discutir que mensagem o Ultimate Fighting Championship e seus congêneres passam a nossa sociedade, já violenta por natureza. 

            Conheço muitos jovens que, influenciado pelo glamour social conquistado pelos astros do UFC, estão largando os estudos para se dedicaram, em tempo integral, ao treinamento nas academias. Todos aspiram se tornarem Andersons Silva.

            Depois de ter o nariz quebrado, costelas fraturadas e levar muita porrada ao longo de meses, estes rapazes descobrirão que, como no futebol, o olimpo desse “esporte” é reservado a pouquíssimas beldades.

           A esmagadora maioria daqueles que se profissionalizarem vai mesmo é pra sarjeta. E, numa sociedade cada vez mais tecnológica como a nossa, qual o futuro profissional que espera um rapaz musculoso, bom de briga, mas com quase nada na cabeça?

           Nem trabalhar como carregador de sacos num porto ele não poderá mais, já que este trabalho está hoje todo mecanizado. 
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