Anteontem, José Serra, atingido na cabeça por uma bolinha de papel e/ou por um rolo de fita crepe, se internou num hospital para fazer tomografia computadorizada.
Se a moda pega, não vai ter médico, hospital ou aparelho de tomografia pra dar conta de tanto paciente. Principalmente a molecada que adora atirar bolinhas de papel no coleguinha da frente ou a moçada chegada numa guerra de travesseiro.
Horas depois do "violento atentado", o candidato tucano tava nas ruas esbravejando contra a covardia do PT.
O curioso é que na lustrosa careca do ex-governador não havia uma única marquinha da agressão recebida no dia anterior. E ele insiste que o objeto atirado contra sua cabeça devia pesar meio quilo.
Isso me lembra aqueles filmes onde o mocinho apanha do bandido, bate, apanha, bate e apanha outra vez numa sequência estonteante socos na cara e tombos espetaculares. Isto, na maioria das vezes em lugares prosaicos como em cima dum trem ou na beira dum abismo.
No final, o mesmo mocinho - que venceu a refrega, é claro - recebe o beijo da mocinha. E ele está intacto, penteadinho, com o rosto perfeito e sem um amassadinho na roupa.
Vamos parar de palhaçada seu Serra!
Que esse atentado petista contra sua pessoa não passou duma imensa marmelada.
E justo o senhor que uma vez, quando eu cobria sua campanha pra governador, me contou que, na infância, teve as amígdalas extraídas sem anestesia e chegou a operar uma apêndicite anestesiado só com clorofórmio.
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