segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Cantando na chuva


            Revi ontem o célebre musical Cantando na Chuva, produzido em 1952 e dirigido por Stanley Donen e Genne Kelly.
        Por trás dum roteiro água com açúcar sobre a disputa de egos entre duas atrizes, o filme nos remete a complicada transição do cinema mudo para o falado na década de 20.
        É muito curioso ver as dificuldades que surgem com a introdução do áudio nas fitas. Atores de destaque se veem, duma  hora para outra, sem dicção nem voz para papéis principais no cinema falado. E o processo de adaptação a nova realidade será cruel.
       A sincronização do som gravado em discos de cera é outro problema a ser enfrentado na hora da projeção.
       Microfones enormes são escondidos em vasos de flores ou amarrados a adereços implantados nas roupas das atrizes.
       As câmeras precisam ficar enclausuradas em abafadíssimos aquários de vidros para que o som de seus motores, extremamente barulhentos na época, não vazem para os microfones.
       Mesmo depois de tantos anos, a película serve como uma espécie de documentário do momento mais interessantes da história do cinema.
       Se você ainda não viu Cantando na Chuva, dê uma olhada. Tirando alguns trechos de dança muito longos, o filme é bem legal.



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